quinta-feira

Isto (não) é moda!?!?


Sim, falo de bullying, esse estrangeirismo que usamos para nos referirmos ao comportamento inominável e à péssima (senão ausente) educação de crianças e jovens, que entre eles ocorre, com violência física e psicológica, e cujos intuitos manipuladores são apenas de menosprezar e subvalorizar os mais "fracos" aos olhos dos agressores, de causar danos por vezes irreparáveis na suas vidas.

Não ando para aqui a fazer copy-paste de lado nenhum, porque a minha opinião está bem formada nesse campo. Também fui vitima de abusos físicos e psicológicos "no meu tempo" e já era bastante duro, mas era mais às escuras, geralmente perpetrado por grupos calculistas e intimidantes, mas com menos recursos que hoje.

Não venho para aqui choramingar esse passado, mas defender a posição das mães (pais e/ou encarregados de educação) que efectivamente educam os filhos, colaboram com a comunidade escolar (mesmo com falta de convite das entidades e até tentativas de oclusão), as que escrevem, batem a todas as portas e o seu pé quando se trata do bem estar dos filhos!

Este fenómeno parece estar a "aquecer as costas de muitos miúdos"... a julgar pelo número de casos conhecidos entre a comunidade escolar, aos quais deixo o meu recado:

Deixem-se de passar a "batatinha" quente e de sacudir ou encolher os ombros, revirar os olhos também não vos adianta e muito menos cruzar os braços, os culpados já nós sabemos quem são: os pais e professores (comunidade escolar) permissivos e até instigantes a esses actos, a falta de apoio, vigilância e  descoordenação e lentidão na tomada de decisões e acções efectivas que permitam em primeiro lugar, esclarecer a situação (deixem-se do "nós não vimos nada"), depois assumir responsabilidades, procurar soluções e punir os actos com as consequências justas. Essa do acompanhamento para as vitimas, é insuficiente!!! Então os abusadores, os que mal trataram... esses é que devem ter um acompanhamento adaptado, e se calhar aos seus pais também mal não lhes faria!

Hoje sinto-me especialmente revoltada, já têm ocorridos "pequenos" casos na escola do Dé e eu ando alerta, e não é de agora! 

Além disso tive conhecimento da ocorrência de actos violentos com filhos de amigos... e "puxando a brasa à nossa sardinha" refiro-me ao Tesourinho e a outras crianças com NEE que além se serem vitimas do tal de bulliyng, serão também vitimas de racismo, xenofobia e outros preconceitos que se não existissem essa comunidade de loucos-violentos-imbecis-mal-formados acabaria por inventar... 

Estou zangada e triste... mas de arma em riste (que é como quem diz, "não me ponham à prova!")

11 comentários:

  1. Vim visitar-te, Paulinha!
    Amigo dos meus amigos, meu amigo é...e tu és uma querida no blogue da Xaninha!:)
    Voltarei mais vezes, se não te importares:)
    Esta questão de que falas é o que mais se vê nas escolas...infelizmente.:(
    bji

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  2. Realmente é algo extremamente estupido .. mas será que o mundo só acordou para isso agora ? Que eu me lembre , já existia antes de eu nascer e por aí adiante . . para mim, o mais dramático de tudo, é terem apelidado a coisa de Bullying . . será que não havia um termo em portugues? Ou os tradutores têm assim tanto trabalho que limitam-se a copiar ?

    beijinhos

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  3. Nina, obrigada pelo carinho, sabe bem ler estas coisas! ;) Sente-te convidada a voltar!

    Rui: Sim de facto, quando "começou" esta polémica em volta do tema, o meu primeiro pensamento foi esse, o de não ser novidade, mas tal como tudo também a maldade se aperfeiçoa e evolui, e eu li em qualquer lado que "fazer mal é o que o Homem sabe fazer melhor".

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  4. Paulinha parece que é moda, importada dos Estados Unidos. Nunca tive qualquer problema na infância, nunca fui agredida porque não me custava nada estender a mão se se metessem comigo. No entanto há crianças que não se sabem defender e este problema pode tornar-se muito grave. Há que tomar decisões e acabar com a protecção de crianças violentas e castiga-las. O castigo faz pensar e modifica atitudes. Se assim não fizerem estamos aujeitos a que crianças comecem a agredir adultos o que já acontece. Aguardemos. Beijinhos

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  5. Paulinha. Li este post e fiquei de rastos. Escrevi um também sobre o tema que apesar de não me estar a afectar directamente, tenho muito receio...
    Felizmente entretanto já me animei.
    Ai....esta vida não é fácil, mesmo. Mas é injusto que seja difícil quando ainda se anda na escola e tudo devia correr sobre rodas, não é ? Beijos para ti, minha linda

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  6. Brown Eyes: Infelizmente assim é... atitudes a mais e outras a menos, existe um grande desequilíbrio que é urgente corrigir!

    Grilinha: Já viste bem como as coisas são? Bolas... mas tem que se arregaçar as mangas e levantar a cabeça!

    Beijos a ambas!

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  7. A mim o que me revolta mais é dizerem que são coisas de miúdos...

    Como se miúdos a humilhar (um termo bastante suave para o que realmente acontece) outros fosse algo que pudesse ser considerado normal.

    Mas pensando bem, hoje em dia já se torna por normal muita coisa anormal, como a falta de honestidade dos políticos, sermos infelizes na nossa vida, etc, tudo isso já começamos a tomar por normal e a acomodar-mo-nos a isso.

    Também fui vitima de bullying, e na altura senti bem o que é fazermos queixas e ninguém dar ouvidos. É normal... É tudo normal, e assim as crianças continuam a sofrer.

    Poderia escrever sobre isto durante longos minutos, mas não vale a pena. Sou um anormal neste mundo de anormalidades.....

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  8. Daniel: Sabes que tive o mesmo pensamento, tantas, mas tantas vezes... E se já custa quando somos filhos imagina quando somos pais!
    Parte-me o coração, mas não me impede de lutar!

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  9. Nossa como sofri com isso na minha infância por ser gordinha... Temo pelo meu filho ( que tem uma deficiência na mão direita), mas estarei sempre em ALERTA!!!
    Beijos querida!!!

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  10. Como sempre, um post de extremo bom senso. Este é um problema bem real, principalmente para quem tem filhos "diferentes". O nosso problema é só um "problemazito" o nosso filho é o único português numa terra estrangeira e numa escola estrangeira. Aos dois anos e meio não está a ser muito fácil. Principalmente porque o Francisco tomou a coisa a peito e bate até aos grandes que gozam com ele (é o gene alentejano: tenho a certeza!). A moda não é de agora, eu própria também sofri com isso. Mas havia, no meu tempo, uma regra: gozar com quem era "igual" mas esquisito: os melhores alunos e os piores penteados ou óculos, nunca com quem tinha uma côr diferete, língua diferente, ou problemas de saúde . Eu frequentei o único licei de Setúbal preparado para alunos e professores cegos, sempre assisti a muito bulluing, nunca com as pessoas " especiais". São os valores que se desmoronam. Desculpa lá o testamento, mas este tema toca-me muito,,,,,

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  11. Convite
    O livro "Continuando assim...", foi maltratado...

    Resolvi por isso, e porque tanta gente não encontra o livro onde deveria estar (nas livrarias), recontar a história
    Lá no …. Continuando assim…

    Vamos em metade da história, o livro reescrito, não está igual (nem poderia!) ao que foi editado.
    Obrigada a todos os que vão seguindo ( pois só assim vale a pena).
    Um obrigada especial a quem ainda não conhece e chega de novo

    Mais uma reflexão em relação a todo este assunto, e um conselho, se é que me é permitido:

    --- quando vos pedirem dinheiro para editar as vossas palavras, simplesmente digam que não ---
    BJ
    Teresa

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Deixem o rato de lado e escrevam-me, ok!?