terça-feira

Fartinha de estar em casa..

  Isto de se estar em casa há tanto tempo obriga-me, penso eu, a reflectir nas cenas, mais que o habitual. Passo tempo a deitar e levantar cheia de cuidados para não dar cabo da coluna ainda em recuperação, depois enquanto consigo fazer umas coisas aqui por casa... Faço sem abusar, às tantas fico frustrada de saber que não devo nem consigo fazer outras tantas, passo-me e deito-me ou vou andar aqui pela quinta com o cuidado de ver onde meto os pés e a ver se não me espalho ao comprido.
  Deitada faço zapping na TV onde ocasionalmente encontro algo que me interesse, depois YouTube. Chego ao Facebook para me distrair e vejo com cada coisa que só me apetece sei lá o quê, dar opiniões é sempre um risco, partilhar cenas pode ser bom, outras vezes é só tristezas. Depois dou por mim a fugir para o blogger onde publico algo sem sentido, mas ao menos estou entretida... A seguir vou ler um livro... Acho que é o melhor...

sexta-feira

Like a Phoenix...i'll rise up!

Como o tempo passa... Como canceriana que se preza, saudosista por natureza, sou dada à recuperação de memórias e com ela a reflexão que acompanha cada uma. Depois é separar o trigo do joio e decidir com o que aprender, o que arquivar ou o que descartar.
Parece tão simples... Porque tenho vindo a aprender que é mesmo assim! Dar importância ao que merece e não gastar nem mais um segundo no que não compensa ou traz sentimentos menos bons.
Pareço uma velha a falar, leia-se sábia a escrever... É um processo, acho que me estou a sair melhor com o passar do tempo. Isto de uma pessoa não estar para aturar merda é do melhor, e não se vende em comprimidos, contudo dita o estatuto de Mãe e etc, que há que haver um certo bom senso. Ainda me pergunto se era preciso passar por tanto, e ver passar os outros, para se ter uma epifania qualquer que nos permita dar um passo mais nessa direção, a do equilíbrio.
Mas deixem-me... Reservo-me o direito de não ter bom senso a toda a hora, de enlouquecer pontualmente usando e abusando do desequilíbrio que é meu... De qualquer forma, só depende de mim restaurar tudo a seguir...
Precisava de soltar estas palavras, tão minhas, tão viscerais... Porque sou mais que uma Mulher, que Mãe, que filha, neta, prima... Mais que um número de contribuinte, de trabalhadora, de utente do SNS... Porque sou eu e permito-me sê-lo! Porque o exijo ser!
Ah, que bem me sabe respirar, estar em silêncio ou enebriar-me em músicas que me confortam e me libertam... Um dia de cada vez, um pensamento por dia, uma página virada num gesto firme, uma coisa de cada vez!!!